Jacareí: Ex-funcionários da Oficina do Cacau ainda aguardam promessas ?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011Ex-funcionários da Oficina do Cacau, na cidade Jacareí, estão cansados de esperar que a empresa honre os compromissos de pagar o que deve aos demitidos. Em agosto, a empresa que produzia chocolates, faliu e fechou as portas e a situação ainda não foi resolvida. Eles convivem com o desemprego e, sem dinheiro, já procuraram a Justiça para uma solução imediata.
A sede do Sindicato da Alimentação é o ponto de encontro de sete de pelo menos 100 funcionários da fábrica que estão com problemas. Até agora não receberam as verbas rescisórias. Alguns estão com os salários atrasados.
O analista de Recursos Humanos, Rodrigo Galdêncio trabalhou quatro anos na empresa. Foi um dos primeiros da lista a perder o emprego. “Fui demitido em junho, não recebi nenhum direito trabalhista, meu fundo de garantia não está depositado e eu não consigo dar entrada no seguro-desemprego por não ter rescisão”, explicou.
Esse benefício, a auxiliar de produção Keila Lopes só conseguiu receber por determinação da Justiça. “Tive a audiência no dia 27 de agosto, o juiz liberou o papel do fundo de garantia e seguro-desemprego, mas o fundo de garantia não consta, não temos depositado. A única coisa que foi liberada no momento só foi o seguro”.
O auxiliar de produção, Shaeno Kenny, perdeu três dedos da mão direita, em um acidente de trabalho dentro da empresa. Atualmente, usa uma prótese e diz que não consegue outra colocação. “Sem receber nada e não consigo também outro serviço, porque não vai ter um lugar fácil para eu estar entrando”.
A situação das demissões se arrasta desde o primeiro semestre. Os problemas começaram logo depois da Páscoa, quando a produção de chocolates estava aquecida e, segundo a direção, uma grande empresa do setor cancelou o contrato. Na época, a empresa confirmou as demissões e disse que enfrentava problemas financeiros.
Questão que ainda não se resolveu. Por isso, a orientação do sindicato, é que os ex-funcionários entrem na Justiça, com ações individuais, pois a solução pode ser mais rápida. Ainda de acordo com o sindicato, a empresa não vem cumprindo os acordos que faz. “Tem salário atrasado, férias, tem fundo de garantia que não foi depositado, INSS, tem indenização que não foi paga até agora de trabalhador que foi demitido. E agora, mais recente, que foi absurdo que eles fizeram de sair do galpão onde estavam instalados, de forma sorrateira, sem avisar vários trabalhadores e se instalaram em São José”, explicou o diretor do sindicato, Válter José dos Santos.
Posição da empresa
Por telefone, um dos diretores da empresa informou que transferiu o maquinário para um galpão em São José dos Campos. Confirmou que já processos de funcionários contra a empresa e que vai agir conforme determinação da Justiça. A direção informou ainda que o maquinário está apenas guardado no galpão e que não retomou as atividades.
Fonte: VNews
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