Brasileiros ‘do bem’ já começaram a se movimentar em uma grande corrente de solidariedade para arrecadar ajuda para as famílias atingidas pelas chuvas em São José, Jacareí,  e nas cidades do Rio de Janeiro.

Cáritas
Poucas horas depois da tragédia em São José  que vitimou cinco pessoas, a Cáritas, a entidade ligada à Igreja Católica em São José e o Fundo Social de Solidariedade, começaram uma campanha para arrecadar ajuda às vítimas.

A resposta foi do tamanho do coração do brasileiro, o que surpreendeu os organizadores. “Somente da Paróquia Espírito Santo temos três caminhões de roupa. Não sei o que vai ser quando o padre pedir mais doações na missa de domingo, não temos tanto espaço”, disse a coordenadora do Fundo Social em São José, Ana Lúcia Melo Veneziani.

Rio
Em São José dos Campos, as doações estão concentradas para atender as famílias atingidas pelos desmoronamentos na cidade.
Os organizadores das campanhas, porém, não descartam a possibilidade de continuar arrecadando ajuda para enviar às famílias do Rio de Janeiro, desde que consigam dispor de estrutura. “Temos que ver como vai ser isso, ou teremos um problema, assim como foi na época da enchente em Santa Catarina, quando arrecadamos alimentos, mas não tínhamos como levar”, concluiu Ana.

Doações vêm de toda região
Sensibilizada com o deslizamento de terra na última segunda-feira no Rio Comprido, em São José, que levou  a morte de cinco pessoas e deixou 130 famílias desalojadas, a aposentada Maria das Graças Reis Oliveira, de 63 anos, resolveu erguer as mangas e ajudar quem ela não conhece.

“Quando fiquei sabendo, logo quis ajudar, fui juntando roupas e calçados em uma caixa. Deus me da muito mais do que eu mereço. Eu preciso dividir”, disse a aposentada, que procurou em igrejas a melhor maneira para encaminhar a doação.

Outro exemplo de solidariedade vem de Taubaté. O Rotary Club começou ontem a campanha de doações às vítimas das chuvas na região Serrana, no Rio de Janeiro.

O governador do Distrito, Moacyr Pereira Peixoto, 70 anos, disse que apenas em um dia, cerca de 800 quilos de alimentos e três caixas grandes de roupas, chegaram à sede na Casa da Amizade.
“Iniciativas como essas mostram que ajudar o próximo faz bem e ainda pode servir de lição”, afirma.