Buraco é o que não falta na estrada do Jaguari, na cidade Jacareí. São só doze quilômetros, mas quem é obrigado a passar por lá diariamente não aguenta mais conviver com o risco de acidentes e com os prejuízos.

Para os moradores do bairro Pagador Andrade, o único acesso é a estrada do Jaguari. “Usamos o ônibus, então acontece do ônibus estar vindo e um carro entrar na frente e ter que desviar, cair no buraco. Já vimos muitos acidentes na estrada”, conta a dona de casa Mara Oliveira.

O operador de máquina, Julierme Ferreira, trabalha na região central de Jacareí. Tem que passar pela Jaguari, todos os dias, à noite, e de moto. “Rezar para que passe um carro na frente e para eu vir atrás do carro devagar, porque na estrada, mesmo com o farol aceso, você não consegue enxergar nada, porque a estrada é muito ruim. Agora no período da chuva, pior ainda”.

A moto também é o meio de transporte usado pelo supervisor de manutenção Carlos Henrique Brito. “A roda dianteira já tive que trocar, porque perdi ela inteira, fez uma rachadura enorme na roda, e a roda traseira amassou. O borracheiro ainda consegui voltar um pouco, mas não conseguiu desamassar inteira, tive que colocar uma câmara na roda. Está uma vergonha essa estrada, não da pra andar nela”.

O temor dos moradores tem justificativa, a situação da estrada do Jaguari que é municipal, de pista simples e sem acostamento é precária. Buraco tem pra todo lado, de todo os tamanhos, e é só chover pra que fique ainda mais perigoso. Em vários trechos o asfalto é irregular, e para piorar a situação em quase todos os doze quilômetros não há sinalização, e quando ela existe, é confusa.

O técnico em manutenção, Marcos Paulo, precisou consertar o carro e reclama dos prejuízos. “Esses tempos fiz balanceamento e alinhamento, na loja disse que não ficou bom, que teria que trocar as rodas”.

A estrada também dá acesso a uma grande fábrica de cerveja, por isso, caminhões pesados passam por lá 24 horas por dia. Muitos aguardam o carregamento para seguir pela Jaguari. “Muito caminhão, muito movimento, perigosíssima”, contesta um caminhoneiro.

“Só de trabalhadores da fábrica de cerveja, na qual eu trabalho, em torno de 1.500 trabalhadores passam por dia pela Jaguari, além das visitas que vem numa represa que tem logo aqui no fundo, nos finais de semana tem muita gente que frequenta a represa, e os bairros rurais aqui da redondeza”, conta o eletricista de manutenção Joaquim Aristeu.

E, se o carro cai no buraco, a parada é obrigatória na borracharia do Seu ceará. “Roda quebrada, pneu estourado, o pessoal reclama muito da estrada, que é cheia de buraco e que dá muito prejuízo para eles”.

A prefeitura informou que faz manutenção periódica com a operação tapa-buracos e que uma próxima está prevista para o começo do ano que vem. Disse também que a recuperação total, depende de investimentos altos e que já protocolou o pedido de duplicação da via, junto ao governo do estado. E esclareceu ainda que há um estudo feito com a empresa de cerveja para a recuperação do trecho.

Fonte: VNews